quinta-feira, 10 de junho de 2010

Evolução!


Incansável, o planeta gira tentando nos jogar todos para fora de sua superfície. Tudo em vão! E, da mesma forma, o homem castiga tudo que encontra na superfície daquele que não o deseja. Não tão em vão assim, pois muito morre, mas a natureza é uma força que não pára e no fim quem perecerá somos nós e não a vida.


Bilhões de anos atrás uns aminoácidos se juntaram e se tornaram vivos (?!) contrariando todas noções de probabilidade. Mais bilhões de anos e aquela célulazinha originou um número de organismos diferentes. Mais bilhões de anos e surgem os primeiros primatas. Viviam em árvores, em grupos e tudo mais. Até que um dia, um deles olhou para o chão, olhou para os seus pés e pensou “Vou pegar a estrada”. Só não saiu tocando uma gaita porque não a tinha (será que saiu assobiando?).


Foi esse indivíduo que originou o homo sapiens. Pegamos a estrada desde nossa origem. Sem asas chegamos aos cantos mais inóspitos do planeta, caminhando sempre. Fomos arrumando companhia, nos agrupando novamente, criando grupos familiares e por algum motivo em dado momento pensamos: “Pronto, cansei, chega de andar, vou ficar aqui, criar umas vaquinhas, cultivar uns cereais, casar e ter meus filhos”.


Aí um dia, um grande de um malandro (provavelmente o descendente antigo dos políticos) olhou para os pobres coitados que cultivavam e disse: “Olha só, aqui dessa forma vocês estão muito desprotegidos, me dêem uma pequena parte (até parece!) da sua produção e eu asseguro sua segurança”.


Os cultivadores se olharam e pensaram que ele poderia ter razão e era melhor garantir a segurança. Pagaram e continuaram pagando (se identifica?)... Acontece que o malandro protegia os agricultores de um a cada seis ou sete problemas e fazia daquele único caso como um ato de heroísmo e, de alguma forma, os agricultores acabavam concordando (se identifica de novo?).


No fim, um bando de malandro passou a se comunicar, comercializar, a crescer, destruir e estamos na atual circunstância. Muitos chamam o fato de progresso, ou democracia, ou qualquer merda dessas. Mas para mim é tudo uma piada. A humanidade cresce numericamente, mas a realidade da maioria é extremamente precária. Destruímos o chão que pisamos, a água que bebemos e o ar que respiramos. Destruímos não só o que está a nossa margem, mas as almas daqueles que se encontram dentro do sistema.


O contrato já não funciona (se é que já funcionou um dia) e continuamos acreditando que é o melhor que ele nos tem a oferecer. Filósofos e sociólogos insistem em nos mostrar que a nossa realidade é principalmente aquilo que a sociedade nos mostra e mesmo assim não tentamos enxergar nada além disso. Todos morrem sem entender o significado de suas próprias vidas, e aqueles que acham que entenderam se baseiam na quantidade de cifrões que se encontram nas suas recheadas contas bancárias. Já a maioria, deixa simplesmente um punhado de dívidas e sonhos não realizados.


Grande progresso! Grande merda! Grande perda de tempo! No fim a humanidade se dizimará, (e ,levando em consideração as sábias palavras de um grande amigo, a vida continuará) e nisso não resta dúvidas! Se você tem dúvidas, abra os olhos, em plenas discussões sobre meio ambiente, em pleno século XXI, estamos encarando o maior desastre ambiental! Ainda acredita no nosso futuro?


Antes eu me entristecia diante do fim eminente dos seres intelectuais que somos. O fim da escrita, da música, da filosofia, da cultura... Mas, na realidade, é o fim de muita coisa ruim, muita mesmo! Afinal de contas, na história da vida, a humanidade não passará de uma vírgula... Nem mesmo isso, porque vírgula deixará de existir, talvez antes mesmo do fim da humanidade.


É fogo

Composição: Lenine / Carlos Rennó

Éramos uma pá de apocalípticos,
De meros hippies, com um falso alarme...
Economistas, médicos, políticos
Apenas nos tratavam com escárnio.

Nossas visões se revelaram válidas,
E eles se calaram mas é tarde.
As noites tão ficando meio cálidas...
E um mato grosso em chamas longe arde

O verde em cinzas se converte logo, logo...

É fogo! é fogo!

Éramos uns poetas loucos, místicos
Éramos tudo o que não era são;
Agora são com dados estatísticos
Os cientistas que nos dão razão.

De que valeu, em suma, a suma lógica
Do máximo consumo de hoje em dia,
Duma bárbara marcha tecnológica
E da fé cega na tecnologia?

Há só um sentimento que é de dó e de
Malogro...

É fogo... é fogo...

Doce morada bela, rica e única,
Dilapidada só como se fôsseis
A mina da fortuna econômica,
A fonte eterna de energias fósseis,

O que será, com mais alguns graus celsius,
De um rio, uma baía ou um recife,
Ou um ilhéu ao léu clamando aos céus, se os
Mares subirem muito, em tenerife?

E dos sem-água, o que será de cada súplica,
De cada rogo

É fogo... é fogo...

Em tanta parte, do ártico à antártida
Deixamos nossa marca no planeta:
Aliviemos já a pior parte da
Tragédia anunciada com trombeta.

O estrago vai ser pago pela gente toda;

É foda! é fogo!...
É a vida em jogo!

Um abraço e até o fim!

Um comentário:

Anônimo disse...

KKKKKKKKKKkkkkKKKKK
Evolução é tenso... Duvido q eles representem as condições q existiam naquela época... É uma bóia total. Até agora é afirmando e desmentindo. Duvido q os cientistas cheguem a uma verdade sólida e lógica. Pra mim foi Deus e pronto. .o.