terça-feira, 8 de julho de 2008

Um dia Como Outro Qualquer


Era só mais um dia como outro qualquer, estava cansado da rotina, de tudo o que tinha que fazer. Decidiu deixar seus afazeres de lado e saiu andando, precisava pensar. Aonde ia? Isso não interessava, na verdade ele não fazia a menor idéia. Simplesmente saiu andando sem rumo para pensar um pouco em sua vida, sua profissão, seus desejos que ele simplesmente não consegue realizar. No pensamento ele leva uma trilha sonora que lhe traz um pouco de paz em quanto o caos se instala em seu coração, a música é “That’s The Way” do Led Zeppelin. A música é sua religião, ela dá forças a seu espírito cansado. As pessoas podem lhe magoar, feri-lo, atrapalhá-lo em seu caminho, mas a música ninguém pode tirar dele, é parte de sua alma, se é que existe tal coisa.


Ele então, começa a refletir sobre o amor que sente por aqueles olhos castanhos e logo vem uma velha música dos Rolling Stones na cabeça, não a original mas uma versão de “Wild horses” cantada pelo Dave Matthews. Qual seria o verdadeiro significado da palavra amor? Essa é uma pergunta complicada. Seria a vontade de estar sempre ao lado alguém? Sentir uma profunda admiração por alguém? Abrir mão do orgulho para não ferir a quem se gosta? Bom, com um certo grau de parcimônia esses pensamentos fazem um pouco de sentido. E o que separa uma pessoa apaixonada de um otário? Acredito que esta seja uma linha tênue, mas o problema é perceber de que lado estamos. Explicar o que sinto é complicado e muito subjetivo, mas avaliar a forma certa de agir, isso sim pode ser feito.


Voltei então a pensar em minha pergunta original, talvez amar significa ficar firme quando nem um outro ficaria. Mas só isso? Na verdade isso é coisa pra caralho. Significa não ser um escroto quando poderia, responder a uma grosseria com serenidade, ser gentil em momentos difíceis, não ceder ao animal que existe dentro de todos nós que quer sair e agir por impulso. Em momentos difíceis, às vezes passa por minha cabeça um nome: Cananéia, Um sinônimo para mato na verdade, e a vontade de fugir... e naquele fim de tarde me vem à mente “Preciso Me Encontrar” do Cartola. Apesar de tudo o sentimento que sinto é verdadeiro e intenso por isso permaneço fiel a ele, firme. É fim de tarde, o vento bate em meu cabelo e a trilha sonora é “The Wind Cries Mary” do bom e velho Jimi Hendrix. Eu paro, sento em um banco de praça e começo a observar o por do sol, os carros passando, uma galera jogando bola e o que vejo é a beleza das coisas simples. Já é noite, a caminhada, a trilha sonora e as reflexões me deixam mais tranqüilo. É hora de voltar para casa e a trilha sonora é “Whiskey In The Jar” do Metallica, eu olho para frente, levanto o meu nariz para poder sentir o cheiro daquilo que me cerca e surge um sorriso no canto da minha boca.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belíssima trilha sonora!
O outro eu já conhecia!
Abração

Anônimo disse...

Ah sim, lindo o desenho!